Salvaterra de Magos: Triunfos das ganadarias Passanha e António Silva e dos forcados de Santarém e Coruche

2022-05-14 17:26:43 By : Mr. Groot Gui

Salvaterra de Magos: Triunfos das ganadarias Passanha e António Silva e dos forcados de Santarém e Coruche, na tarde deste domingo.

Hoje, 8 de Maio, a Praça de Touros de Salvaterra de Magos abriu as portas para receber um concurso de ganadarias. Cartel rematado com Luís Rouxinol, Francisco Palha e o praticante António Telles filho, bem como os forcados amadores de Santarém e Coruche. A concurso estiveram as ganadarias, para os prémios de bravura “Sr. João Ramalho” e apresentação “Sr. José da Costa” (por ordem de lide): São Marcos que substituiu a ganadaria Fernando Palha, Canas Vigouroux, Veiga Teixeira, Prudêncio, António Silva e Passanha.

Como já vai sendo costume, os que chegam a horas têm que esperar pelos que não chegam e o espectáculo começou com um atraso de 10 minutos.

Durante as cortesias foi guardado um minuto de silêncio em nome de José Samuel Lupi e Francisco Martins, que faleceu na tarde de 07 de Maio de 2022.

Este espetáculo foi supervisionado por elementos do IGAC.

Abriu a função Luís Rouxinol, frente ao toiro de São Marcos número 119, de 2018 com 520 kg. Toiro bem rematado, negro de capa, cara e córnea proporcionais, nobre e rabilargo. Rouxinol andou a gosto durante a lide, cravando ao estribo e dando o andamento que este tipo de espetáculo deve ter. Desenhou sortes à tira nos compridos e nos curtos com batida ao píton contrário, escolhendo os terrenos e levando o oponente embebido no cavalo. Rematou a lide com um ferro em sorte violino e um par de bandarilhas. Salvador Almeida, por Santarém, consumou à primeira tentativa com o toiro a romper grupo a dentro até às tábuas. Volta autorizada para cavaleiro e forcado.

Francisco Palha, segundo cavaleiro da tarde, lidou o toiro da ganadaria Canas Vigouroux. Toiro com o número 62, de 2016, 565 kg, bem rematado de carnes, bisco, negro de capa e cara robusta. Francisco aparentemente ainda não recuperou totalmente da lesão sofrida na temporada passada em Vila Franca, pois apresentou-se com uma joelheira. Na parte técnica, nos compridos bregou de largo cravando em sortes à tira. Nos curtos, sofrendo uns toques na montada, conseguiu dar a lide adequada ao oponente. Tiago Gonçalves, por Coruche, consumou ao primeiro intento, numa pega em que o forcado ainda saiu da cara do toiro, mas conseguiu repor-se até as tábuas. Volta autorizada por cavaleiro e forcado, ainda que o cavaleiro inicialmente não tenha pretendido dar a volta. Saudades do tempo do “Covid-19” em que se agradecia apenas no centro da área.

O terceiro da tarde foi um toiro Veiga Teixeira, com o número 675, do ano 2016, 570kg, muito bem rematado de carnes, córnea aberta, negro de capa, murrilho bem definido e curto de pata. Foi lidado pelo praticante António Telles filho que já compete com os graúdos da área, bregou quase sempre a uma mão, mostrando um brega de classe. Nos compridos, empregou sortes à tira deixando o último em sítio traseiro, nos curtos aquando da cravagem, meteu o toiro de baixo do braço, cravando ao estribo e rematando à meia volta. O ginete da torrinha teve uma lide alegre frente ao Veiga Teixeira. Francisco Paulos, por Santarém, consumou à primeira tentativa. Volta autorizada para cavaleiro e forcado.

Realizou-se um intervalo prolongado para regar a arena e tentar combater o pó. Anunciou-se 10 minutos que passaram a 20, tendo mesmo o director de corrida e médico veterinário abandonado o seu lugar.

Tudo recomposto e recomeçou o festejo com Luís Rouxinol frente ao número 323 da ganadaria Prudêncio, com 610kg, do ano 2017. Toiro também bem rematado de carnes, negro de capa, cara robusta, córnea larga, badanudo, alto de agulhas. Com o decorrer da lide, Luís viu o oponente perder a mobilidade, recorrendo a citar em terrenos mais curtos, que por sua vez, deu origens a toques na montada devido à larga córnea que o oponente tinha. Começou com dois ferros compridos largos, trocou de montada e cravou ferros curtos, citando de frente em curto, abrindo quarteio, cravando ao estribo rematando à meia volta. O cavaleiro rematou a lide com um ferro de palmo. João Prates, por Coruche, consumou ao primeiro tento com uma boa primeira ajuda que o segurou na cara do toiro. Diretor, esquecido, que demorou a autorizar a volta ao cavaleiro, forcado e primeiro ajuda.

Tem que se referir que a inconsciência de algumas pessoas do público é lamentável. Com a atitude de atirar uma muleta para a arena? Podendo aleijar alguém? Enfim, no amor à festa vale tudo.

O quinto toiro da tarde deste concurso foi da ganadaria António Silva, com o número 141, do ano 2017 e com 590 kg. O toiro saiu dos curros com pata, tendo o cavaleiro dobrado-se com ele num curto espaço da arena. Toiro negro com dorso acastanhado, engaiatado, bem rematado de carnes, córnea aberta, bom moço e rabilargo. Nos compridos, o cavaleiro citou de praça a praça, reunindo no centro da arena rematando com voltas à arena. Nos curtos as sortes mantiveram-se, com cite de praça a praça, reunindo no centro da arena rematando à meia volta. O cavaleiro cresceu de cravagem para cravagem e arrecadou um triunfo na sua reaparição após a lesão. Francisco Graciosa, por Santarém, consumou ao primeiro intento, viajando até as tábuas com o toiro a empurrar. Volta autorizada para cavaleiro e forcado.

Fechou a tarde o cavaleiro que mais raça tem mostrado nos últimos tempos, António Telles filho, frente ao toiro de Passanha com o número 05, do ano 2016, com 620 kg. O toiro que mais disponível se mostrou, arrancando de qualquer lado, negro de capa, carifosco, cara robusta, corne larga e levantada, degolado e badanudo. Nos compridos, o cavaleiro teve reuniões um tanto largas. Nos curtos, entendeu o oponente e citando de frente cravou de alto a baixo, ao estribo. O ginete tem mostrado uma preparação muito grande para os tempos que se avizinham. A lide acabou indo a menos com umas passagens em falso, toques na montada e um ferro a cilhas passadas. António Tomás, por Coruche, a fechar as pegas da tarde, consumou à primeira tentativa com ajuda coesa do grupo. Volta autorizada para cavaleiro e forcado.

A concurso estavam os prémios de apresentação e bravura que foram ganhos respetivamente por Passanha e António Silva.

Dirigiu o festejo Marco Cardoso, assessorado pelo Dr. José Luís Cruz. No cornetim marcou presença o conceituado José Henriques.