António Fernando Nabais – Window

2022-09-24 02:41:35 By : Ms. Elle Qi

Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.

No dia 25 de agosto, António Fernando Nabais recorre à sua liberdade de expressão e publica, no P3, uma resposta ao meu artigo de opinião, citando-me e expondo a sua visão crítica sobre o assunto. Fernando Nabais envereda por um caminho e uma postura já bastante conhecida por todos nós, a de opor-se a uma mudança cuja necessidade já se torna gritante em todas as salas de aula das escolas. O autor depreende que, por me identificar como mestranda, provavelmente não possuo experiência profissional suficiente para ter feito as ditas afirmações, ou para participar neste debate – engana-se. [Read more…]

Não sabeis do que falo? Ide às Conversas Vadias.

Item 3 (diente ‘tooth’) and Item 9 (tribus ‘tribes’) do not fit the structure /ˈCVCV/ strictly; nevertheless, diente was used to allow for closer comparison with the comments from Moya Corral (1977: 34–35) and tribus was used as the combination /ˈCiCu/ is extremely rare in Spanish. — A. Herrero de Haro

Et cantant novum canticum dicentes: “Dignus es accipere librum et aperire signacula eius, quoniam occisus es et redemisti Deo in sanguine tuo ex omni tribu et lingua et populo et natione; et fecisti eos Deo nostro regnum et sacerdotes, et regnabunt super terram ”. — Ap 5,9 (apud NV, cf. KJV)

The high linguistic diversity resulting from the extreme multiethnic and multilingual composition of the post – De Boeck recalled that in 1901-2 Bangala-Station was composed of “people ex omni tribu et lingua” and a real “Tower of Babel” (De Boeck 1940a: 91) – made a lingua franca a dear necessity, for which the Europeans considered the Bobangi pidgin the most ready candidate. — Michael Meeuwis (pdf)

Apocalipse significa descoberta. Apocalipse significa revelação. No entanto, os assuntos de hoje diferem um pouco do implícito na epígrafe, onde encontramos salientadas palavras interessantes e muito actuais, quer no Antigo Testamento, quer em investigação recente. O primeiro assunto de hoje é, imagine-se só, política portuguesa pura e dura. O segundo assunto é o do costume.

Fiquei intrigado com o conteúdo deste texto de Alfredo Barroso e fui espreitar o discurso do Presidente da República. Efectivamente, pode discutir-se a consistência de argumentos contra a cerimónia na Assembleia da República, aduzidos, por exemplo, aqui no Aventar, por António Fernando Nabais, Carlos Garcez Osório, Fernando Moreira de Sá ou Francisco Figueiredo, e alhures, por outros intervenientes na vida pública, como Pedro Correia, Miguel Sousa Tavares ou João Soares. Aquilo que não se pode fazer, como faz Marcelo Rebelo de Sousa, é reduzi-los globalmente à [Read more…]

Global Imagens/DN (https://bit.ly/2GOVCht)

When I’m driving, I sometimes turn on the radio and I find very often that what I’m listening to is a discussion of sports. These are telephone conversations. People call in and have long and intricate discussions, and it’s plain that quite a high degree of thought and analysis is going into that. People know a tremendous amount. They know all sorts of complicated details and enter into far-reaching discussion about whether the coach made the right decision yesterday and so on. These are ordinary people, not professionals, who are applying their intelligence and analytic skills in these areas and accumulating quite a lot of knowledge and, for all I know, understanding. — Noam Chomsky

Professional sports are a way of building up jingoist fanaticism. You’re supposed to cheer for your home team. […] This idea of cheering for your home team, which you mentioned before, that’s a way of building into people irrational submissiveness to power. And it’s a very dangerous thing. — Noam Chomsky

Why do you care who wins? Why do you care who wins? Why do you have to associate yourself with a particular group of professionals, who you are told are your representatives, and they better win or else you’re going to commit suicide, when they’re perfectly interchangeable with the other group of professionals— Noam Chomsky

„Unter dem Entgegengesetzten aber hat der Widerspruch kein Mittleres; denn der Widerspruch ist ja eben eine Entgegensetzung, von deren beiden Gliedern eines jedem beliebigen Ding zukommt, ohne dass es zwischen ihnen ein Mittleres gibt.“ — Aristóteles

Porque o árbitro se encontrava bem colocado e perto, cerca de 3/4 metros, e foi peremptório a assinalar a grande penalidade, aliado ao facto de não terem existido protestos de jogadores da equipa penalizada, que aceitaram pacificamente a decisão, com excepção do faltoso, único a esboçar contrariedade, damos-lhe o benefício da dúvida. — José Gonçalves

Efectivamente, porque hoje é sábado.

Reparar (opção minha, i.e., intencional, para o caso em apreço, não vá andar por aí o Ciberdúvidas, de gramática normativa em riste e corrector em punho) nos infinitivos de Duarte Gomes, árbitro que tinha dificuldade na  detecção de inofensivos saltos do Jardel (o Mário) na área do Benfica, confundindo-os com lances para grande penalidade.

Isso foi há muitos anos, mas o sempiterno tema da arbitragem no futebol voltou à ordem do dia cá de casa, aqui, aqui e aqui (toma e embrulha, JJC). 

Comecemos pelo mais importante, pelos infinitivos — os tempos indicados (m:s) dizem respeito ao vídeo que aparece lá em baixo, em (*):

‘recordar isso em casa’ (20:49); ‘dizer também’ (20:50); ‘e dizer-vos antes’ (21:58), ‘e convidar‘ (21:59), ‘e recordar‘ (22:44), ‘e dizer‘ (23:04), ‘fazer alguma pedagogia lá em casa’ (25:33); ‘recordar que estamos no âmbito das opiniões’ (26:02); ‘ver a imagem com o dinamismo’ (26:14) ou ‘Paulo, focar, focar no braço direito’ (26:30-2), ‘Paulo, perceber que isto está em dinâmica, OK?’ (26:43-5).

De facto, esta tendência sintáctica de infinitivo isolado em início de oração aparece aqui de forma abundante, através de um falante de português europeu. Pense-se neste caso em que escrevo pense-se neste caso, em vez de pensar neste caso. Convém de facto pensar neste caso, em que não dispenso o ‘convém’ (e o ‘de facto’), para não começar a frase com pensar neste caso. Pegando num dos exemplos de Duarte Gomes, em vez de recordar isso em casa, pense-se em recorde-se isso em casa e é importante também pensar em soluções como é importante recordar isso em casa. Mas este fenómeno é assunto que vou deixar para entretenimento e discussão em aulas e em clubes de sintaxe, isto é, fica para outra altura, depois do Benfica-FC Porto de amanhã. Para um benfiquista portuense como eu, dias de Benfica-FC Porto e de FC Porto-Benfica são dias mágicos: mais do que dias de Benfica-Sporting ou de Sporting-Benfica.

Por isso, vou meter a minha colherada na celeuma futebolística da semana, aqui no Aventar — quem não gostar nem de futebol, nem de discussões sobre futebol ou sobre o árbitro, o ovo e a galinha pode ficar por aqui, em vez de ler mais.

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In Britain’s case, I’d suggest that we think of financial services as the industry in question. Such services are subject to both internal and external economies of scale, which tends to concentrate them in a handful of huge financial centers around the world, one of which is, of course, the City of London. —  Paul Krugman

When there are external economies of scale, a country that has large production in some industry will tend, other things equal, to have low costs of producing that good. This gives rise to an obvious circularity, since a country that can produce a good cheaply will also therefore tend to produce a lot of that good. —  Krugman & Obstfeld

Segundo o Público, o «imposto sobre o tabaco foi o ponto fraco das receitas fiscais», tendo sido a única cobrança a descer em 2017. Pelos vistos, aliás, o Governo contava com esta descida, mas de forma marginal, tendo a diferença ficado muito acima daquilo que se previra no OE, et pour cause, “oficialmente” (eis as aspas, na conhecida versão gráfica do gesto das orelhinhas de coelho).

O Governo tem vindo a contribuir, sistematicamente, desde 2012, para a acentuada descida da qualidade dos Orçamentos do Estado. Curiosamente, tal como a descida das receitas fiscais com o imposto sobre o tabaco, a descida geral na qualidade ortográfica estava prevista e deve-se também a um efeito único. Todavia, o Ministério das Finanças não previu esta descida e não sabe qual o efeito . Para prever e para saber, convém estudar. E querer saber. E o Governo está-se rigorosamente nas tintas.

Sim, nas tintas. Para isto: [Read more…]

It’s hard to focus on ordinary economic analysis amidst this political apocalypse. — Paul Krugman

Blessed is he that readeth, and they that hear the words of this prophecy, and keep those things which are written therein: for the time is at hand. — Ap 1, 3 (apud, KJV)

Deslargue-me. — António Lobo Antunes (p. 270)

Hoje de manhã, li este belíssimo texto do António Fernando Nabais. Depois, regressei ao meu trabalho académico e devidamente arbitrado — felizmente, não tenho a infelicidade de ser nem autor nem promotor do Acordo Ortográfico de 1990.

Lido o texto do nosso Nabais e tendo terminado a minha table of contents, dei por mim a pensar: “efectivamente, chegou”. Ou seja, chegou o Apocalipse Now, isto é, o apocalipse agora. Apocalipse, sobre o qual, aliás, já tive a oportunidade de tecer breves comentários (e de citar os sempiternos GNR).

Apocalipse significa descoberta. Apocalipse significa revelação. Por esse motivo, depois de João Roque Dias ter indicado esta pergunta [Read more…]

© FRANCISCO LEONG/AFP (http://bit.ly/1ZyvyKi) | http://bit.ly/1TAFD4R

Exactamente porque está transformado numa questão política e não naquilo que deveria ser: uma questão linguística. E educativa, já agora.

Hoje, no Diário de Notícias, durante uma entrevista ao excelente António Fernando Nabais, o jornalista Pedro Sousa Tavares fez o seguinte comentário:

Afinal, houve um amplo debate entre os países lusófonos…

Na página Acordo Ortográfico Não!, Francisco Belard reagiu:

Faltou corrigir o jornalista quando, no final, disse que “houve um amplo debate entre os países lusófonos”».

Efectivamente, ainda ontem, recordei que, «neste contexto, “reabrir o debate” não será a opção mais feliz, pois existe um prefixo a mais. Salvo iniciativas pontuais (uns colóquios aqui, umas audições ali, umas audiências acolá), o debate sobre o AO90 nunca foi aberto, por isso, é um erro mencionar-se uma reabertura».

Para terminar este pequeno texto, gostaria de saudar o Diário de Notícias pela escolha do entrevistado. Excelente!

Pro memoria, eis a entrevista, numa versão em português europeu:

“Está instalado o caos ortográfico” Entrevista Diário de Notícias, 09 DE MAIO DE 2016 Pedro Sousa Tavares

Um dos grandes críticos do Acordo, António Fernando Nabais, diz que as declarações do Presidente são um sinal de esperança [Read more…]

O Colóquio “Ortografia e bom senso”  teve lugar nos passados dias 10 e 11 de Novembro de 2015, na Academia das Ciências de Lisboa. Aqui fica a lista de participações, das quais destacamos as dos aventadores António Fernando Nabais e Francisco Miguel Valada.

António Fernando Nabais – O Acordo Ortográfico e o Ensino: instantâneos do caos

Francisco Miguel Valada – O Acordo Ortográfico de 1990 e o sistema grafémico do português europeu

Lista reprodução com todas as participações: https://www.youtube.com/channel/UCnftN9szOOqqoFnmvNcOvBg

«Lúcia Vaz Pedro reconhece, portanto, que há consoantes que desempenham uma determinada função. Ainda assim, defende que devem ser suprimidas. Perdoe-se-me o humor negro, mas isso faz tanto sentido como amputar uma perna saudável e, portanto, necessária, mantendo a esperança de que a memória corporal ajude a pessoa a caminhar». — António Fernando Nabais

©LEONARDO NEGRÃO / GLOBAL IMAGENS (http://bit.ly/15Sodjd)

Ao contrário daquilo que por aí se escreve, Mário Soares nunca foi um ‘otimista’. Aliás, basta uma pequena consulta (aqui, ali e mesmo acolá) para rapidamente se perceber que a palavra é optimista. Exactamente: optimista, como eléc trica. Efec tivamente.

Quanto ao optimismo que por aí anda acerca da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, uma leitura do Diário da República de hoje conduzirá a um estado de profundo pessimismo.

Lamentamos imenso, mas a culpa não é nossa. Não, não é nossa. Obrigado, Nabais.

De Caras, RTP, 19/6/2013 (http://bit.ly/12J0oFc)

On a tout reçu. Tout s’est déroulé exactement comme prévu. On a même pu faire la rotation pour optimiser la réception de la lumière sur les panneaux solaires. — Jean-Pierre Bibring

Recebemos tudo. Correu exatamente como planeámos. Tivemos até de fazer uma rotação para otimizar a recessão de luz sobre os painéis solares. — Jean-Pierre Bibring (tradução: Agência Lusa)

Não se lembravam da *excessão completa? Não se preocupem. Estou cá para os lembretes. Foi no dia 19 de Junho de 2013. Há muito, muito tempo.

Anteontem, durante um intervalo para café, liguei o computador e recebi uma notificação de um grupo do Facebook que conheço relativamente bem. Percebi de imediato a grave consequência do meu espanto: a *recessão escapara-me. Obrigado, Fernando Venâncio.

Agora, concentremo-nos apenas na grafia da epígrafe — sim, só na grafia da epígrafe: deixei, há muitos anos, de criticar traduções na praça pública.

É verdade, não correu exactamente como planeado, mas correu como previsto. Aliás, só não poderia prever ocorrências de *recessão em vez de receção quem nunca se debruçou sobre a função da letra ‘p’, parte do grafema complexo (dígrafo) <ep>, em palavras como decepção, excepção, intercepção, percepção ou recepção (e fiquemo-nos por estas). Sim, há letras que fazem parte de grafemas complexos (dígrafos), como a letra ‘c’ faz parte do grafema complexo (dígrafo) <ac>, quando nos referimos, por exemplo, a palavras como acção, coacção, infracção, reacção ou subtracção.

A letra ‘p’ tem função diacrítica em recepção? Tem, certamente. Aliás, basta apreciar a *recessão da Lusa, propagada pela SIC, pelo Jornal de Notícias, pelo Correio da Manhã, pelo Destak e pelo Expresso (e por outros que, entretanto, felizmente, corrigiram), para perceber – ou conjecturar com algum grau de exactidão sobre – as razões que levam a uma ocorrência de *recessão, em vez de receção .

Efectivamente, nas palavras em -epção,  a letra ‘p’ tem um valor diacrítico. Mas não só. A letra ‘p’ é um sinal gráfico que permite distinguir, de forma clara, a palavra – isolada ou em enunciado, mesmo estando descontextualizada –, tendo esse carácter distintivo um impacto na memória ortográfica dos leitores/escreventes. Na ausência do sinal (‘p’ em recepção), uma ‘receção’ pode degenerar e transformar-se em *recessão. Não foi planeado, mas estava previsto. Exemplarmente, recordemos quer a nótula II do meu comentário à *excessão da entrevista a Nuno Crato, quer este parágrafo de artigo [Read more…]

Há quem goste de presumir distracção, como se um certo distanciamento das coisas do mundo, alguma incompatibilidade com o material, conferissem elevação e nobreza de espírito. Eu sou uma dessas pessoas, naturalmente. Nem valeria a pena vir atirar pedras se não me dispusesse a levar com alguma. Mas isto para dizer que, embora uma certa […]

45 anos das missões Voyager.

Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.

A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.

Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.

As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.

Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.

Eis a lista com a Madonna. A Madonna é excelente, como sabemos. Na lista do Expresso, infelizmente, falta a Madonna. Não fui só eu a dar por ela.

Só falta o anúncio oficial.

“Não acredito mais em Deus”, “Não acredito menos em Deus”; “Já não acredito em Deus”, “Ainda acredito em Deus”; e por aí fora. Ah! E ‘selecção’ ≠ ‘seleção’.

Isabel Jonet e o horror aos pobres.

Nunca percebo quando alguém que defende políticas capitalistas, sendo que é o capitalismo que gera as crises, se vem queixar das políticas capitalistas.

Em vez da “windfall tax”, a decisão do Executivo será dialogar com as empresas.

Por tudo que nos deste. Pelas cores com que pintaste sobre o cinzento do Portugal de então. Pelas gargalhadas que nos fizeste dar em dias em que tudo parecia triste e incerto.

«não vale a pena negar que há, infelizmente, setores racistas e xenófobos entre nós». Pois. Efectivamente. Exactamente.

Orbán fala sobre “raças puras” e não quer que húngaros pertençam a uma raça mestiça.

Não, é um revés para os contribuintes. Quem se mete com a EDP, leva. Por isso os sucessivos governos preferem acarinhá-la. 218 milhões para o bolso do costume.

Rita Matias: “Há direitos que os homens têm que eu não quero”

Luís Montenegro chegou a ser uma espécie de número dois de Passos Coelho. Agora, está empenhado em ser o Passos Coelho número dois.

Se querem voltar aos debates quinzenais para fazer as palhaçadas que o CHEGA hoje fez na Assembleia da República, então estarão a dar razão a quem diz que tal só serve mesmo para quem fabrica soundbytes.

O problema de Marcelo Rebelo de Sousa, foi não ter o amigo Ricardo Salgado para lhe proporcionar as delícias de Vera Cruz. Assim, fomos nós a pagar umas férias transvestidas de visita oficial.

Pedro Nuno Santos começou a sua comunicação ao país, com cerca de 30 minutos de atraso.

“apenas a começar“, mas o resultado será certamente o do costume.

Portugal é o quarto país da União Europeia que mais aumentaram as emissões de gases que provocam efeito de estufa desde 1990. Pior só mesmo o Chipre, a Irlanda e Espanha.

Isto interessa a quem? Em Portugal só interessa o crescimento económico e o lucro, senhores!

“Tele-trabalho é fingir que se trabalha” – disse um bilionário que nunca trabalhou na vida

“nobody is perfect“, lembrei-me do English As She is Spoke.

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