Em uma cena que se repete pela segunda vez, imagens horríveis de cadáveres de crianças varridos pelas ondas nas praias da Líbia trouxeram de volta à mente a imagem da criança síria “Aylan Kurdi” que abalou o mundo anos atrás.

Ontem, quinta-feira (27), as autoridades líbias encontraram os corpos de pelo menos 6 pessoas, entre elas um bebê, duas outras crianças e uma mulher, que foram jogados em terra pelas ondas.

In the last two weeks around 20 #migrants' boats were pushed from #Zwara, west of #Libya… Some corpses start to be washed back on the shore. A man found those bodies, kids, on Saturday 22. An ending massacre #Libia pic.twitter.com/tljZcUQH6u

— Nancy Porsia (@nancyporsia) May 24, 2021

Segundo informações obtidas pelo correspondente da Agência Anadolu de fontes locais, alguns cidadãos informaram as autoridades locais da existência de corpos de crianças caídos na praia da cidade de Zuwara, no oeste da Líbia.

O comando da polícia da cidade afirmou que os corpos pertenciam a imigrantes não identificados de nacionalidades estrangeiras que navegavam em barcos insufláveis ​​no Mediterrâneo.

De acordo com dados das Nações Unidas, pelo menos 632 migrantes irregulares morreram afogados em acidentes marítimos no Mediterrâneo este ano.

As Nações Unidas responsabilizam os países da União Europeia pelas mortes destes migrantes, devido à implementação de uma política de repelir e deportar migrantes, não atender chamadas de emergência e interromper os esforços de resgate.

As fotos de crianças nas praias da Líbia tiveram grande interação de ativistas e jornalistas nas redes sociais, e eles expressaram sua insatisfação e tristeza com o que os migrantes são expostos a partir da exploração de suas condições e das condições de seu país.

LEIA: Relatório da ONU responsabiliza União Europeia por milhares de mortes de migrantes

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